
Pesquisa revelou que 1 em cada 6 profissionais de marketing afirmam que já estabeleceram a presença da sua marca no metaverso. Foto Crédito: iStock
Ambientes digitais como o metaverso carecem de identificação e de uma estética que pareça real. Essa é a principal conclusão de uma pesquisa realizada pela Getty Images, criadora de conteúdo visual em todo o mundo. Analistas do programa de pesquisa contínua VisualGPS, da IStock by Getty Images, sugerem que marcas interessadas em ingressar no metaverso têm muito a aprender assistindo ao filme Tudo Em todo Lugar ao Mesmo Tempo. Segundo esses especialista visuais, os diretores Daniel Kwan e Daniel Sheinert apresentaram ao público um filme com uma história identificável (ao retratarem as vidas desafiantes de uma família asiático-americana) e uma estética deslumbrante e inventiva que permite introduzir universos possíveis e imersivos, dois componentes que, afirmam eles, são necessários e estão ausentes na narrativa visual do metaverso em seu estágio atual.
Segundo os especialistas visuais da Getty Images, os diretores criaram um filme e apresentaram à audiência, uma história identificável – retratando as vidas desafiantes de uma família asiática-americana -, e estética visualmente deslumbrante e inventiva que pode introduzir universos possíveis e imersivos, dois componentes necessários e em falta para a narrativa visual do metaverso.
Em uma entrevista realizada no ano passado, Kwan comentou sua ideia de criar um filme no multiverso, mergulhar no conceito de universo infinito e, ao mesmo tempo, trabalhar em uma narrativa cinematográfica com sentido. Esse conceito foi colocado em prática no filme.
Recente pesquisa VisualGPS capturou o sentimento e a opinião de mais de mil profissionais do marketing e criadores pelo mundo. A análise mostra que, de cada seis empresas entrevistadas, uma estabeleceu presença no metaverso e que seis entre dez negócios planejam investir nesse segmento nos próximos dois anos. Apesar do custo e da eficiência atuais, 62% dos entrevistados acreditam que o orçamento a ser investido no metaverso deve aumentar.
Federico Roales, um dos pesquisadores, comenta: “De acordo com nossa análise, um dos principais motivos para as marcas estabelecerem presença de modo pioneiro nos universos virtuais é a competitividade. Os dados mostram que as marcas estão sentindo uma certa ‘pressão’ para permanecerem à frente da concorrência. Cerca de 42% delas acreditam que é importante estar no metaverso. Este comportamento também é refletido no nosso site, onde observamos que os downloads relacionados à Web3 cresceram mais de 2.900% só no último ano”.
Roales declara que essa busca por atualização é uma pressão compreensível, uma vez que a pesquisa “reportou um aumento no interesse de consumidores pelo metaverso. Entretanto, esse interesse diminui à medida que os consumidores afirmam compreender essa experiência. Essa lacuna pode ser um resultado direto de como o metaverso pode ser visualizado pelas marcas”, acrescentou ele. “Enquanto o metaverso parece estar destinado a facilitar as ligações através de avatares como uma rede integrada de universos digitais, os metaversos visuais mais utilizados ainda retratam os indivíduos isoladamente, diminuindo o conceito de uma comunidade virtual ou de uma experiência imersiva partilhada”.
Ao analisar como empresas visualizam o metaverso atualmente, Getty Images também identificou termos pesquisados no mesmo cenário tecnológico e futurista como “metaverso” (+727%) que indicam desejo por uma imersão colorida, rosa, roxa, magenta ou espaço em neon. Essa estética é uma tendência apontada pelos especialistas como uma “onda roxa”, em que o visual tende a destacar uma imersão com essas características no espaço, comumente associados a tecnologia e ao futurismo.