
Foto Crédito: History in HD/Unsplash.
Em seu discurso de posse, ontem, o presidente Trump anunciou que, a partir de 2026, os EUA não farão mais parte do Acordo Climático de Paris, juntando-se a Irã, Líbia e Iêmen, únicos países fora do pacto. Trump já havia se retirado do acordo em seu primeiro mandato, mas o presidente Biden reinseriu o país em 2020. Cientistas e ativistas criticaram a medida, por aprofundar a crise climática. Os esforços dos EUA para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, que já estavam estagnados, agora ficam mais distantes do objetivo. Além de anunciar a retirada, o atual governo dará ênfase à extração de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão, em oposição às tecnologias de energia limpa.
“Seremos mais uma vez um país industrial, com maior quantidade de petróleo e gás do que qualquer outro país. Diminuiremos os preços e preencheremos novamente nossas reservas estratégicas. E exportaremos nossa energia. Seremos novamente uma nação rica com o ouro negro que está sob nossos pés”, disse ele.
Em outra frente, Trump informou que os EUA também deixarão a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em nota, a entidade lamentou a decisão afirmando que os Estados Unidos foram um membro fundador da OMS em 1948 e têm participado da formação e da governança do trabalho da OMS desde então, juntamente com outros 193 estados-membros, inclusive por meio de sua participação ativa na Assembleia Mundial da Saúde e no Conselho Executivo. “Por mais de sete décadas, a OMS e os EUA salvaram inúmeras vidas e protegeram os americanos e todas as pessoas de ameaças à saúde. As instituições americanas contribuíram e se beneficiaram da filiação à OMS”, destaca o comunicado.
Trump voltou a ameaçar o Panamá. Lembrou que o Canal do Panamá foi uma obra americana cedida àquele país ao custo de 38 mil vidas perdidas durante sua construção. “Depois disso, fomos tratados de forma cruel, após oferecermos esse presente que jamais deveria ter sido dado. O espírito desse presente foi totalmente violado, com sobretaxas aos navios americanos. Não fomos tratados de forma justa, sobretudo pela China, que opera o canal. Por isso, vamos tomá-lo de volta”.
Além disso, o novo presidente dos EUA revogou 78 decretos de Biden, entre eles os que reduziam os preços de medicamentos, criavam programas antidiscriminação e adotavam medidas contra colonos judeus violentos na Cisjordânia.
Donald Trump assinou um decreto que altera a concessão de cidadania para filhos de imigrantes nascidos no país, na contramão do que estabelece a 14ª emenda da constituição norte-americana. O documento determina que bebês nascidos de pais em situação irregular não terão mais direito à cidadania automática e estabelece critérios para que a cidadania seja obtida.
A medida foi imediatamente questionada na justiça federal por 22 dos 50 estados que formam aquele país.